AVALIAÇÃO DA MARCHA EM CRIANÇAS PORTADORAS DE SÍNDROME DE DOWN

Resumo

A Síndrome de Down (SD) é a mais comum e conhecida das síndromes malformativas na espécie humana, sendo a primeira aneuplodia cromossômica identificada no homem que pode ser caracterizada pela trissomia do par 21. Dentre as muitas alterações encontradas nos portadores desta patologia, têm-se o atraso na aquisição dos padrões motores. Este estudo constou de uma análise da marcha livre em crianças portadoras de Síndrome de Down pós alta fisioterapêutica. A pesquisa foi de campo do tipo exploratória-descritiva combinadas tendo uma amostra constituída por 10 crianças portadoras de Síndrome de Down, e um grupo comparativo, formado por 10 crianças apresentando desenvolvimento normal, ambos na faixa etária de 3 a 7 anos. Foi utilizada uma prancha onde era realizada a marcha, que era pintada em sua face inferior para ficarem demarcados os passos em cartolina; dados com relação ao tempo e distância eram anotados para posterior análise. Para a análise dos resultados obtidos, utilizou-se o teste t de student com nível de significância de até 5% (p<0,05). Após avaliar os resultados, foi possível inferir que não houve diferença estatisticamente significativa quanto aos comprimentos dos passos direito-esquerdo; houve significância estatística quanto a comparação dos valores médios de passos, passadas, cadência, velocidade. Desta forma percebeu-se, na amostra avaliada, que apesar das crianças terem atingido a deambulação independente e terem recebido alta do tratamento, as mesmas não haviam adquirido a maturidade do padrão de marcha. Sugere-se então, que, no processo de alta do tratamento, seja considerado não apenas o fato da criança ter a habilidade de desempenhar o padrão, mas também uma análise abordando aspectos quantitativos e qualitativos da mesma, evitando tomada de decisões baseada apenas na observação.