NATAÇÃO INFANTIL NO BRASIL: OLHAR SOBRE A MAGNITUDE DA ADESÃO EM DIFERENTES FASES DO NADAR

Autores

  • WILLIAM URIZZI DE LIMA
  • ALMIR MARCHETTI
  • ANA MARIA PINHEIRO
  • MARCIO ZOCATELLI
  • FABRÍCIO MADUREIRA

Palavras-chave:

natação, infantil e adesão

Resumo

A natação no Brasil é uma das modalidades mais praticadas na infância, e entre suas justificativas estão: prevenção de afogamentos, potencialização de saúde, minimização dos efeitos de doenças respiratórias, iniciação esportiva, entre outras. No entanto, estudos que possibilitem identificar as faixas etárias ou fases do nadar nas quais existem maior envolvimento com a modalidade, poderiam precipitar iniciativas específicas, que maximizassem novas adesões e/ou manutenção das crianças em programas de treinamento a longo prazo. OBJETIVOS: Mapear a magnitude do envolvimento de crianças com a natação nas diferentes fases da habilidade do nadar; identificar períodos críticos para potencializar a adesão e minimizar a evasão da modalidade; detectar a frequência de atuação de professores de diferentes sexos. METODOLOGIA: Participaram do estudo 387 instituições de ensino da natação na infância, entre elas academias, escolas e clubes, que envolveram 147.161 crianças de 25 estados do país, sendo exceção, apenas os estados de Roraima e Paraíba. Os dados foram captados através de um sistema de gestão aquática e acessados através do banco de dados digitais SQL server. Para identificação do envolvimento, as crianças foram analisadas em categorias de habilidades do nadar, definidas em 8 níveis, sendo eles: bebês 1,2 e 3 (respectivamente 0 a 12; 13 a 24; 25 a 36 meses); adaptação (3 a 4 anos); iniciação (5 a 7 anos); aperfeiçoamento 1 (7 a 9 anos) e 2 (10 a 12 anos).  ESTATÍSTICA: Para a medida de cálculo amostral utilizou-se dados de 7.000 academias, escolas e clubes registrados, assumindo-se um intervalo de confiança de 95% que indicou a necessidade de análise de 365 instituições. Os dados coletados são apresentados na forma de frequência absoluta e relativa para as diferentes fases do nadar. RESULTADOS: Os dados permitem a identificação de um período que envolve a faixa etária de 3 a 7 anos, como sendo um momento de grande envolvimento com a modalidade, totalizando mais de 60% da amostra. Ainda, pode-se refletir a existência de uma queda muito significativa de 70,5% entre a iniciação (5 a 7 anos) e o aperfeiçoamento 1 (7 a 9 anos). Outro dado que chama a atenção, é a adesão dos bebês que totalizou 22,9% da amostra investigada, porém, no primeiro ano de vida, os resultados foram de apenas 1,6%. Como dados complementares, das 32.000 aulas semanais analisadas 12.193 (40,3%) são ministradas por professores e 18.070 (59,7%) por professoras.  CONCLUSÃO: Neste estudo podem-se evidenciar períodos onde iniciativas poderiam ser elaboradas a fim de aumentar o envolvimento das crianças com a modalidade, bem como, prevenir a evasão da mesma. Estudos futuros devem ser destinados a analisar a influência de estratégias pedagógicas que possam influenciar de forma positiva os valores identificados.

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Como Citar

LIMA, W. U. D., MARCHETTI, A., PINHEIRO, A. M., ZOCATELLI, M., & MADUREIRA, F. (2020). NATAÇÃO INFANTIL NO BRASIL: OLHAR SOBRE A MAGNITUDE DA ADESÃO EM DIFERENTES FASES DO NADAR. Fiep Bulletin - Online, 90(1). Recuperado de https://www.fiepbulletin.net/fiepbulletin/article/view/6351

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