AVENTURA DE CAMINHAR NAS TRILHAS DO CAMINHO DO SOL A PARTIR DA PERSPECTIVA DE DUVINGNAUD

Autores

  • ELIETE MARIA SILVA CARDOZO

Palavras-chave:

lúdido / lazer / peregrinos-caminhantes

Resumo

Na busca de ocupar o tempo livre, o homem reencontra o lúdico através do lazer que há muito havia se afastado e ressurge com uma nova roupagem. Na atualidade, pessoas migram da cidade para a natureza, exploram trilhas e caminhos, buscando emoções lúdicas, estéticas, instintivas. Esse espírito de aventura pode, também, ser associado ao lúdico, um campo muito amplo, que poucos se aventuram a percorrer.  Duvignaud (1997) mostra a importância de reconhecermos em toda vida humana coletiva, a região lúdica que invade a existência humana, iniciando pela divagação, pelo sonho ou encenação, pela convivência, pela festa e alcançando as inúmeras facetas do imaginário. A partir desse referencial surgiu a motivação para conhecer os sentidos que a aventura de caminhar adquire, no imaginário de caminhantes-peregrinos que trilharam o Caminho do Sol, a partir da perspectiva de Duvignaud. Os depoimentos dos revelaram a necessidade de se afastarem dos hábitos do cotidiano, de refletirem sobre si próprios, tendo como elemento facilitador a natureza. Essa saída da rotina indica ser a brecha lúdica de que Duvingnaud mostra, a partir de Sartre. Esse momento foi identificado nos discursos dos caminhantes quando se mostram distantes do mundo real, se afastaram das regras do cotidiano e se lançaram num outro jogo; novos pensamentos, novos desejos e novas necessidades. Sentimentos como solidariedade, autoconhecimento, superação e a transcendência, afloraram. Mobilizados pela harmonia entre prazer e imaginação, esses sujeitos, caminhantes-peregrinos na natureza, desencadeiam em si o processo lúdico. O tempo de lazer e o espaço da natureza foram facilitadores desse processo e do crescimento do espírito humano desses caminhantes. Caminhar na natureza é reencontrar a si mesmo, a sua Natureza, não simplesmente praticar o trekking, mas adentrar na brecha lúdica que existe em nosso interior.

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Como Citar

CARDOZO, E. M. S. (2015). AVENTURA DE CAMINHAR NAS TRILHAS DO CAMINHO DO SOL A PARTIR DA PERSPECTIVA DE DUVINGNAUD. Fiep Bulletin - Online, 76(1). Recuperado de https://www.fiepbulletin.net/fiepbulletin/article/view/5178

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TRABALHOS PUBLICADOS