AVALIAÇÃO DA AUTO-PERCEPÇÃO DAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA, EXPERIÊNCIAS SUBJETIVAS E DEPRESSÃO EM IDOSOS PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO

Resumo

O processo de envelhecimento acarreta alterações funcionais e comportamentais que afetam os seres humanos de maneiras características. Mesmo na ausência de patologias, na última fase da vida todos se tornam relativamente menos ágeis, mais vulneráveis à ação do ambiente e mais dependentes dos recursos da cultura. Seguindo essa linha de pensamento, o declínio da capacidade física é um dos muitos problemas enfrentados pelos idosos que contribui para uma depressão do estado de humor, bem como redução da eficácia nas AVDs. O objetivo deste estudo foi avaliar experiências subjetivas na atividade física, depressão e auto-percepção das AVDs em idosos praticantes de musculação do Projeto AFRID. A população foi representada pelos idosos fisicamente ativos, praticantes de musculação. A amostra foi composta por 17 idosos, sendo 7 do sexo masculino e 10 do sexo feminino, com idade variando entre 60 a 82 anos, com idade média de 69 anos. Os instrumentos utilizados foram 3 questionários: Escala de avaliação de experiências subjetivas na atividade física (Mc Auley e Courneya 1994);  Escala para avaliar a depressão (Fiatarone 1996) e Escala de auto-percepção do desempenho de AVDs (Andreotti e Okuma 1999), todos protocolados por Matsudo (2005). A análise estatística foi do tipo descritiva. Os resultados sobre experiências subjetivas, nos três aspectos estudados - afeto positivo, negativo e fadiga  os escores são favoráveis. Quanto à depressão 17% tem tendência para depressão e 83% não apresentaram tendência. Em relação a auto-percepção das AVDs, 82,4% tem capacidade funcional “muito boa” e  17,6% tem capacidade funcional “boa”. Analisando os dados obtidos, pode-se inferir que em sua maioria, os sujeitos apresentaram condições favoráveis nas experiências subjetivas, capacidade funcional “ muito boa” e  revelaram não ter tendência para a  depressão. Ressalta-se ainda que aqueles que apresentaram escores desfavoráveis nas experiências subjetivas foram os que apresentaram indícios depressivos e ainda capacidade funcional “boa”.