A NECESSIDADE DE NOVOS OLHARES SOBRE O CORPO NA EDUCAÇÃO FÍSICA

Autores

  • RAPHAEL GONÇALVES DE OLIVEIRA

Palavras-chave:

Educação Física, Motricidade Humana, Corpo

Resumo

A dicotomia entre corpo e mente já era percebida desde a Grécia antiga no século VI a.C. com o advento da filosofia, porém, esta foi levada ao extremo no século XVII por René Descartes. O método cartesiano gerou uma fragmentação no conhecimento científico. Como a Educação está diretamente ligada à ciência, essa forma de pensamento passou a predominar no ensino formal. Deste modo o corpo passou a ser desprezado nas salas de aula, onde somente o intelecto é valorizado. Até mesmo a disciplina Educação Física que trabalha diretamente com o corpo acaba por domesticá-lo, mas com um processo inverso, negando o intelecto. Dentre as possibilidades de superação desta dicotomia, a Ciência da Motricidade Humana é no campo da Educação Física, uma forma de se considerar o aluno como um todo, em que a corporeidade é manifestada através do gesto motor intencional. Essa intencionalidade no gesto é manifesta pelo ser humano contextualizado na cultura em que vive. Assim, negar a cultura do aluno não é educar para a autonomia ou para o senso crítico, mas sim para o conformismo e aceitação. Uma educação preocupada com a formação de pessoas críticas e criativas deverá ser na e pela cultura, em que o corpo do aluno tenha espaço nas salas de aula e a inteligibilidade ganhe também o seu espaço nas aulas de Educação Física. É objetivo deste artigo apontar a opressão que o corpo vem sofrendo pela dicotomia corpo-mente e as possibilidades de superação no sistema educacional e mais especificamente na disciplina Educação Física.

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Como Citar

OLIVEIRA, R. G. D. (2014). A NECESSIDADE DE NOVOS OLHARES SOBRE O CORPO NA EDUCAÇÃO FÍSICA. Fiep Bulletin - Online, 78(1). Recuperado de https://www.fiepbulletin.net/fiepbulletin/article/view/3624

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TRABALHOS PUBLICADOS