AHISTÓRIAÉ COMO UM ORGANISMO: CONCEPÇÕES SOBRE AHISTÓRIADAEDUCAÇÃO FÍSICA.

Autores

  • RICARDO GANCZ
  • TARSO BONILHA MAZZOTTI

Palavras-chave:

Metáfora, Retórica

Resumo

Este trabalho constitui-se em um desmembramento de uma pesquisa, iniciada no ano de 2006 e apresentada no VI Congresso Luso Brasileiro de História da Educação, que tinha por objetivo saber se o ensino da história da educação física seguia ou não uma visão historiográfica linear. O material coletado permitiu uma série de levantamentos posteriores que não estavam no escopo daquela pesquisa. No presente artigo, buscamos compreender a concepção que alunos do curso de formação de professores de educação física possuem de história, a partir das respostas de um questionário realizado com 131 alunos de licenciatura de uma universidade federal. Após uma análise baseada nos cânones da retórica, bem como nos trabalhos de lingüística de cognitiva de Lakoff & Johnson (1980, 1999) foi possível identificarmos que 60,30% dos alunos percebem a história como um organismo morto, enquanto 39,70% a percebem como um organismo vivo. Isso indica que as concepções que esses alunos possuem sobre a história são presididas por uma metáfora ontológica: “A história é como um organismo”. Sustentada nessa metáfora orgânica, a narrativa da educação física tem funcionado como um discurso epidítico, que louva (mantém viva) e censura (enterra) tomadas de posição a respeito do que deve ser feito. Isso indica que a história é vista como um percurso determinado cujo fim é conhecido pelo seu narrador/cooptador. Essa concepção acerca da história, contida nos livros didáticos de maior abrangência na área, está presente no discurso destes alunos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Como Citar

GANCZ, R., & MAZZOTTI, T. B. (2013). AHISTÓRIAÉ COMO UM ORGANISMO: CONCEPÇÕES SOBRE AHISTÓRIADAEDUCAÇÃO FÍSICA. Fiep Bulletin - Online, 79(2). Recuperado de https://www.fiepbulletin.net/fiepbulletin/article/view/3299

Edição

Seção

TRABALHOS PUBLICADOS