EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA: CONSTRUINDO O APRENDIZADO, A VIVÊNCIA E A FORMAÇÃO DO CIDADÃO NA ESCOLA

Resumo

Com o Fim da Segunda Guerra Mundial, governos de diversos países investiram nos esportes adaptados como forma de tentar uma ressocialização para ex-combatentes da Segunda Guerra Mundial. Era muito comum nessa época mães de alunos com qualquer deficiência querer escondê-los em casa acreditando que assim estariam protegidos do mundo exterior, suas privações e discriminações. Essa concepção caiu por terra na sociedade contemporânea que através de inúmeras iniciativas (algumas por força de lei), abriram portas para que essas pessoas se sintam verdadeiramente úteis e produtivas para a sociedade. O presente estudo baseou-se em apresentar os pressupostos teóricos sobre o processo de inclusão de deficientes, as maiores dificuldades encontradas por e a perspectiva do Esporte como meio de ressocialização e ascensão social a um grupo de 120 alunos do 5°Ano do Ensino Fundamental de uma Escola Municipal de Campo Grande – Mato Grosso do Sul. Após essa etapa de estudos, realizamos atividades práticas em que os alunos foram privados do principal sentido humano: a visão. A partir disso, os alunos dispostos em duplas, um como o guia, realizamos caminhada pela escola para enfrentar os problemas de localização espacial e acessibilidade, caminhada sozinho em um corredor feito com barbante, rolar uma bola de GoalBall adaptada para treinar a audição e depois a experimentação de um jogo de GoalBall. O principal foco de nosso estudo foi mostrar a inclusão partindo de uma outra perspectiva: Trabalhar a Educação Física com alunos que não possuem nenhum tipo de deficiência; justamente para prepará-los de forma mais efetiva para que possam intervir na sociedade e fazer uma leitura de mundo mais ampla através das experiências de privação dos sentidos. A importância e o interesse ficaram evidentes quando responderam a um questionário, que apontou que para 88% o Projeto foi muito importante e/ou importante.