EXERCÍCIO FÍSICO E SUAS IMPLICAÇÕES NAS FUNÇÕES COGNITIVAS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Resumo

A atividade física contribui para um envelhecimento com qualidade, diminuindo o risco do desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas. Pode-se destacar uma associação positiva entre exercício físico e funções cognitivas. Objetiva-se identificar as relações de benefícios do exercício físico nas funções cognitivas na fase de envelhecimento. Trata-se de uma estudo de revisão sistemática onde se buscou artigos indexados nas bases de dados Scielo, Lilacs, PubMed, Medline e Bireme. Encontrou-se 620 artigos, entretanto, com a inclusão dos limites estabelecidos esse resultado foi minimizado para 75 artigos, onde apenas 07 apresentaram os critérios para serem analisados nessa revisão, publicados no período de 2003 a 2008. Os aspectos observados em cada artigo foram: período de publicação, tamanho/gênero/faixa etária da amostra, modalidade e intensidade do exercício, tempo e duração das seções, métodos utilizados para avaliação e aspectos da função cognitivos, destacando os principais resultados encontrados. A maioria dos resultados indica que a melhoria da aptidão cardiovascular reflete em um avanço do desempenho cognitivo, especialmente em medidas de atenção, memória de curto prazo, raciocínio e tempo de reação. E que níveis moderados de atividade física (independente da modalidade), realizados em longo prazo ajuda a preservar a inteligência fluida no envelhecimento. Assim sendo, necessita-se de maiores investigações no sentido de especificar a relação tipo-intensidade do exercício físico fazendo uma articulação com o funcionamento cognitivo, e em cada fase do processamento de informação: percepção, aprendizagem, memória, atenção, raciocínio e solução de problemas.