PORTUGAL E A CANDIDATURA À ORGANIZAÇÃO DO WORLD CUP 2005 E DA RYDER CUP 2010

Resumo

O objetivo primordial desta investigação consiste na análise das motivações para a candidatura de Portugal a grandes eventos desportivos; o balanço feito desses mesmos eventos; as vantagens que advêm para o país e para a modalidade e as diferenças entre as candidaturas do World Cup 2005 e para o Ryder Cup 2018. Tendo optado por uma investigação qualitativa para análise do nosso corpus, obtivemos as categoriaspara análise. Sendo que a unidade semântica de análise estava definida à priori, passamos à definição de 6 unidades formais de análise que imergem das entrevistas realizadas, sub-divididas em 31 unidades de contexto. A amostra foi constituída por três indivíduos, sendo: o Diretor do Campo de Golfe Victória e Secretário-Geral do Clube de Golfe de Vilamoura; a Diretora de Marketing do Oceânico Golfe e o Secretário Geral da Federação Portuguesa de Golfe. A recolha de dados foi trabalhada, a partir de entrevistas semi estruturadas. As entrevistas realizadas levaram-nos a concluir que todo o evento desportivo de Golfe realizado em Portugal trás consigo praticantes, acompanhantes e simpatizantes que promovem e fomentam o turismo nacional, conseguindo-se uma maximização do investimento estatal e privado realizado na promoção do turismo, em unidades hoteleiras, em promoção de actividades lúdicas. Os Portugueses não aderem ao Golfe e a eventos relacionados, por uma questão cultural ou por uma conotação do Golfe a um desporto elitista e dispendioso. Um país como Portugal convive ainda com algumas lacunas para se apresentar como um “forte candidato”: quase inexistência de desportistas de renome internacional. Outra condicionante à realização de grandes eventos é a necessidade de apoio governamental, que em Portugal aconteceu mas de uma forma pontual e sem precedentes.